quinta-feira, 28 de maio de 2009

Artistas Admiráveis






Franz Krajcberg: natureza inquieta
Ele consagrou-se mundo afora ao modelar árvores derrubadas, troncos e galhos aparentemente sem vida que, unidos pelo olhar e a engenharia artística de um mestre, renascem em esculturas singulares. No fim de 2008, Krajcberg enfim viu se materializar sua primeira grande exposição individual em São Paulo – 65 esculturas e 40 fotos de queimadas, exibidas no pavilhão da Oca, no Parque do Ibirapuera. “Ainda que seja a maior cidade da América Latina também do ponto de vista cultural, São Paulo é provinciana, fechada em si”, reclama ele, com o indisfarçável humor de quem ostenta cicatrizes, sejam na memória, sejam em seu trabalho. Desgostoso com os rumos do mundo e com o próprio éden que erigiu para si – o sítio à beira-mar, ladeado por mangues e Mata Atlântica, em Nova Viçosa, sul da Bahia, onde vive há 30 anos em uma casa feita sobre um tronco de pequi, a 7 metros do chão –, Krajcberg aproxima-se dos 90 anos querendo, como costuma dizer, “gritar contra a destruição da vida”. Sua voz para isso são suas árvores redivivas, mensageiras de uma verdade que transcende qualquer simplificação do ambientalismo tradicional. O artista e sua obra parecem divergir. Se Krajcberg se revela um pessimista com os desmandos do planeta e seus homens, suas peças, à revelia dele, denunciam: a natureza nunca está morta.
Esta exposição eu tive oportundade de visitar e em reve divulgarei alguns trabalhos fotografodos no local.

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